O BEBÊ DE ROSEMARY
de Roman Polanski
Elenco
- Mia Farrow .... Rosemary Woodhouse
- John Cassavetes .... Guy Woodhouse
- Ruth Gordon .... Minnie Castevet
- Sidney Blackmer .... Roman Castevet
- Ralph Bellamy .... Dr. Abe Saperstein
- Maurice Evans .... Hutch
- Victoria Vetri .... Terry Gionnofrio
- Charles Grodin .... Dr. Hill
- Hana Landy.... Grade Cardiff
- Elisha Cook, Jr. .... Mr. Nicklas
Um jovem casal se muda para um prédio habitado por estranhas pessoas. Quando engravida, ela vê que seu marido se envolveu com os vizinhos, pertencentes a uma seita de bruxas que quer que ela dê à luz o filho do demônio. A futura mãe de nome Rosemary se vê obrigada a tomar medicamentos caseiros dado por aquelas estranhas pessoas, sobretudo por um casal de idosos com atitudes suspeitas. O marido de Rosemary é aliciado com facilidades no emprego após seus concorrentes no trabalho sofrerem estranhos acidentes que ela atribui a estranhos rituais dos vizinhos. O momento da fecundação de Rosemary ocorre quando ela é dopada pelo marido e sofre com pesadelos terríveis. Esta cena de nudez levará inclusive ao divórcio da atriz que faz o papel de Rosemary na vida real.
Rosemary lendo o livro de Eliphas Levi, Rituais e Dogma. Aviso, representação do Baphomet de Levi
Durante o seu estado de transe, Rosemary tem alucinações incoerentes envolvendo JFK, olhando (o único católico presidente dos EUA, que morreu seis anos antes) imagens da Capela Sistina e do Papa (que está vestindo o colar simbólico de Rosemary, ocultos de controle). Ela é então vista nu em sua cama, cercado por seu marido, o Castevets e o coven bruxo inteiro, que estão cantando hinos ritualísticos, enquanto um ritual oculto é praticado por ela.
Em seu estado de sonho, o indivíduo começa a fazer amor com ela, mas muda sua aparência em uma figura grotesca que lembra o diabo, com os olhos amarelados e com garras, as mãos escamosas. Acaricia o comprimento do seu corpo com sua garra peluda. Apesar de ser 'estuprada' Rosemary percebe:
"Isso não é sonho, isso realmente está acontecendo!"
O colar esférico era anteriormente usado por uma mulher jovem que estava vivendo com o Castevets. O casal de idosos encontrou-a vivendo nas ruas (manipuladores de controle da mente presa em tais indivíduos perdidos). A mulher se matou ao pular de uma janela, provavelmente depois de aprender sobre os planos ocultos de Castevets para ela. O colar torna-se simbólico do controle da mente
O Bebê de Rosemary
O Bebê de Rosemary de Roman Polanski, é uma história sobre a manipulação de uma jovem por uma bruxa coven da elite, para transportar e dar à luz ao Anti-Cristo que capturou o espírito desta época e tornou-se símbolo da mudança irreversível que aconteceu no final dos anos 60. No entanto, os eventos da vida real em torno do filme, realmente definiram nesta época.
O filme de Roman Polanski de 1968 é uma adaptação fiel do romance de Ira Levin, um best-seller que apareceu apenas um ano antes. Embora não contenha sangue ou gore, O Bebê de Rosemary é considerado um dos mais assustadores filmes de todos os tempos. Por quê? O que torna "O bebê de Rosemary" um clássico? Um poderoso conjunto de fatores, em que é possível destacar:
1) o roteiro de Polanski, que mantém o suspense sempre crescendo, e o espectador cada vez com mais raiva da ingênua da Rosemary;
2) atuações muito boas de Mia Farrow (provavelmente a melhor da sua carreira), John Cassavetes e Ruth Gordon;
3) direção primorosa, que coloca a câmara sempre no lugar certo e consegue um ritmo fantástico para um filme que se passa quase todo dentro de um apartamento;
4) o humor permanente, que não causa risadas, e sim a sensação agradável de acompanhar uma história totalmente realista, mas que não leva a sério seu próprio argumento.
2) atuações muito boas de Mia Farrow (provavelmente a melhor da sua carreira), John Cassavetes e Ruth Gordon;
3) direção primorosa, que coloca a câmara sempre no lugar certo e consegue um ritmo fantástico para um filme que se passa quase todo dentro de um apartamento;
4) o humor permanente, que não causa risadas, e sim a sensação agradável de acompanhar uma história totalmente realista, mas que não leva a sério seu próprio argumento.
Polanski ainda nos oferece um dos melhores finais de filmes da história.
Veja o Trailer:
ΤΟ ΜΩΡΟ ΤΗΣ ΡΟΖΜΑΡΙ (ROSEMARY'S BABY) του Ρομάν... por myfilm-gr
CURIOSIDADES:
- Menos de um ano após o lançamento de O Bebê de Rosemary, a esposa grávida de Roman Polanski, foi assassinada em ritual de membros da família de Charles Manson. Sharon Tate é assassinada, a facadas, por quatro fanáticos de uma seita pequena e reclusa da Califórnia. Mais quatro pessoas morreram no ataque, ocorrido na casa de Polanski. Na porta do local, os criminosos escreveram “porco” com o sangue das vítimas.
- O crime ficou conhecido como “Helter Skelter”, nome de uma música dos Beatles (a expressão significa “caos”, “decadência”). A última coincidência vem 11 anos depois, o beatle John Lennon é assassinado na porta do prédio onde morava… o Edifício Dakota, o mesmo onde se passava a trama de O Bebê de Rosemary.
- O produtor William Castle começou a receber ameças de morte, por causa do tema “anticristão” do filme. A maldição tem início em abril de 1969, quando Castle é internado em caráter de emergência, com falência renal. No hospital, testemunhas dizem tê-lo ouvido delirar e dizer: “Rosemary, pelo amor de Deus, solte esta faca!”
- Houve rumores persistentes alegando que Anton LaVey, o fundador da Igreja de Satanás, desempenhou o papel sem créditos de Satanás durante a cena de impregnação
- Mia Farrow foi casada com Woody Allen e atuou em alguns de seus filmes. Antes teve um relacionamento com Frank Sinatra.
- Oscar 1969 (EUA)
- Venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante (Ruth Gordon).
- Indicado na categoria de melhor roteiro adaptado (Roman Polanski)
BAFTA 1970 (Reino Unido)- Indicado na categoria de melhor atriz (Mia Farrow).
Prêmio David di Donatello 1969 (Itália)- Venceu na categoria de melhor atriz etrangeira (Mia Farrow).
- Indicado na categoria de melhor diretor estrangeiro (Roman Polański).
Globo de Ouro 1969 (EUA)- Venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante (Ruth Gordon).
- Indicado nas categorias de melhor atriz de cinema - drama (Mia Frrow), melhor trilha sonora (Krzysztof Komeda) e melhor roteiro (Roman Polanski).
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